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Participantes do Sínodo alertam sobre os pecados ecológicos

Existem os pecados ecológicos e muita gente não os revela na confissão. Eles podem ser leves ou graves. Na pauta do Sínodo para Amazônia na manhã desta quarta-feira, nove de outubro, os participantes falaram sobre a importância de tornar essa temática mais presente na Igreja.

 

“Os pecados ecológicos precisam estar na pauta das catequeses, no sacramento da penitência. Há que se falar em pastoral ecológica, no combate ao capitalismo selvagem que destrói o meio ambiente. Esses são pecados que desagradam a Deus e ao próximo”, afirmou o prefeito para o Dicastério para a Comunicação, Paolo Ruffini.

 

Os bispos afirmaram que as pessoas precisam enxergar que não são donas da terra, são hóspedes, e que proteger a natureza não significa dizer não ao desenvolvimento. Todos concordaram que a tecnologia não deve ser vista como obstáculo, mas ferramenta para um novo modelo de desenvolvimento sustentável.

 

Entender a gravidade da destruição ambiental, o peso como pecado e como ameaça para o futuro do Planeta, também foi destaque na fala dos cientistas. Carlos Afonso Nobre, que recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 2007 por seu trabalho sobre Mudanças Climáticas, afirmou que, se não houver uma mudança de mentalidade voltada para o fim do desmatamento das florestas, principalmente a Amazônica, a ciência aponta para um colapso.

 

“Se a Amazônia alcançar um nível de desmatamento entre 20 a 25% da área total, a parte destruída já não será mais capaz de se regenerar e a floresta vai entrar num processo de transformação em savana. Já estamos num patamar de 15 a 17% de destruição, muito próximo ao ponto de colapso, de não retorno ao que era antes”.

 

O Sínodo da Amazônica, no Vaticano (Itália), conta com a participação dos bispos de Mato Grosso, que formam o Regional Oeste 2 da Conferência Nacional do Brasil (CNBB). E dom Neri José Tondello, bispo de Juína, é o bispo referencial das Comunidades Eclesiais de Base (Cebs).

 

Com Manuela Castro – CNBB

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