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Palestra aponta necessidade de aprender com o indígena a preservar o meio ambiente

O “Pensamento ancestral e a resistência no debate sobre o ambiente” foi o tema da aula ministrada pelo professor

doutor Josemar de Campos Maciel‚ da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB)‚ de Campo Grande (MS), que encerrou o “Seminário Internacional e Interinstitucional de Bioética”, na sexta-feira (25 de outubro).

O evento foi realizado por meio de uma parceria entre a Faculdade Católica de Mato Grosso (FACC-MT)‚ a Escola Superior do Ministério Público de Mato Grosso (FESMP-MT) e a Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos-RS).

O palestrante apresentou problemas que surgem da experiência do progresso. Um deles decorre da constante aceleração e crença cega na tecnologia, que termina sem rumo e cujo fim inevitável será a autodestruição. Em suas reflexões apontou a forma como as comunidades ancestrais, como os indígenas e quilombolas, lidavam com questões de territorialidade, tempo e espaço, destacando a necessidade de se recuperar as relações básicas com o meio ambiente.

“Em 1500 o Brasil não era virgem, havia mais ou menos 1500 etnias que viviam aqui, caçavam, pescavam, guerreavam e não destruíam a natureza. O índio não era pobre quando os ‘brancos’ chegaram. A pobreza do índio vai leva-lo à morte e a minha pobreza, à morte do Rio Cuiabá, por exemplo”, sublinhou.

Josemar Maciel apontou itinerários para aprender a ‘ser índio’ como o retorno das Pachamamas (que representam a fecundidade) e a roça mística (redescobrir o tempo do mato); aprender com essas comunidades a olhar com respeito a questão ambiental e respeitar seu tempo.

“Não basta preservar os recursos naturais para as gerações que virão; isso deve ser um presente”, apontou.

 

Assessoria de Imprensa FESMP-MT

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