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Kevin Ladd chama atenção para importância dos efeitos psicofisiológicos da oração

A segunda conferência internacional do XII Seminário de Psicologia e Senso Religioso, realizada na manhã desta terça-feira (12 de novembro), contou com a participação do professor de Psicologia da Universidade de Indiana South Bend, nos Estados Unidos, Kevin Ladd. Ele falou sobre “O papel da oração no manejo do sofrimento psíquico”, explanando sobre diferentes aspectos relacionados ao tema e como acredita que o assunto deve ser trabalhado entre o terapeuta e o paciente. A mediação foi feita pelo prof. Dr. Wellington Zangari.

Kevin Ladd iniciou sua palestra falando sobre os rituais que os seres humanos adotam em momentos de celebração ou angústia e de como são particularmente úteis como poderosos fatores de conexão. Segundo ele, quando as pessoas se reúnem coisas diferentes acontecem, comportamentos são construídos e desconstruídos. A oração, que geralmente é definida como algo ligado ao sagrado, para ele é uma forma de conexão com o grupo, mas também com o individual e com o que se considera elevado, superior.

Para ele, a designação maior do que é oração vive ou está dentro do próprio indivíduo. Ainda que se prefira uma definição precisa e bem objetiva do que seja, oração não é necessariamente ligada a algo físico. Segundo ele, um fator fundamental é o de conectividade, não somente em relação a si mesmo, mas aos outros. Porém, essa entrega não consegue ser total em relação às outras pessoas, porque sempre nos preocupamos com o que os outros podem pensar de nós. É algo natural. Então, há um senso muito claro de status e poder. “Eu não ofereço minha alma para o meu reitor”, frisou. “Ou pelo menos não deveria”, brincou.

O que realmente a oração pode fazer por nós? Há alguma garantia sobre a prática da oração? Na análise do palestrante, não se pode afirmar ao certo. O que se pode concluir é que não se trata de algo que pode ser receitado como uma medicação. Se sabe apenas que há efeitos fisiológicos, físicos que estão associados com a ação de orar. Está em um contexto metafísico. Ou seja, vai além da ciência. Nesse sentido, o conferencista destacou a importância de o terapeuta ou clínico, independentemente de ter ou não suas crenças pessoais, verificar o que o paciente experimenta com a oração, sem questionar aspectos metafísicos.

Ao reconhecer que a oração, como algo místico ou metafísico, tem o poder de reduzir o sofrimento mental quando a ciência não está ajudando, o clínico precisa entender que se está dando um passo adiante. O destino comum dessas trocas é sempre ajudar o indivíduo a encontrar um caminho de alívio para seu sofrimento. Com certeza há muitos diferentes caminhos para esse lugar. “Viajar com cuidado e em paz”, finalizou.

 

Fonte: Pau e Prosa Comunicação

Foto: Helder Faria

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