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Conferência internacional discute relação entre religião e conflitos

A relação entre religião e conflitos religiosos foi debatida na quarta conferência internacional do XII Seminário de Psicologia e Senso Religioso, realizada na quarta-feira (13 de novembro), no Centro de Eventos Pantanal, em Cuiabá (MT). A atividade contou com a participação do Prof. Dr. Tomas Lindgren, da Umea University, tendo como debatedora a Profa. Dra. Mary Rute Esperandio, da PUC do Paraná.

Para iniciar a abordagem do tema, “Psicologia dos conflitos religiosos“, Tomas Lindgren lançou mão de seu diário, rememorando embates entre grupos seguidores de diferentes religiões ocorridos no leste da Indonésia. Ele lembrou que desde os anos 1960 existem conflitos em todos os continentes, boa parte deles identificados como disputas relacionadas à religião. E eles têm aumentado, informou o palestrante.

Apesar de serem chamados comumente de conflitos religiosos, Lindgren alertou os presentes a atentarem para o fato de que podem não sê-lo realmente. Apesar de todas as grandes religiões terem potência para inspirar violências e de estudiosos dizerem que ela está na essência de algumas crenças religiosas, pois têm grande poder de influenciar o comportamento humano, a maior parte da literatura sobre o assunto não apresenta critérios convincentes para separar conflitos religiosos de conflitos não religiosos.

Trata-se de uma questão complexa, que ultrapassa crenças ou valores religiosos e tem a ver com nossa identidade, nossa subjetividade, com o nosso inconsciente. Segundo ele, não há como pretender entender os conflitos religiosos a partir do que está no nosso consciente e, sobretudo, a partir do conceito de identidade religiosa. Para ele, ao pensarmos na questão a partir dessa categoria de identidade religiosa, iremos acabar, inadvertidamente, atribuindo determinados comportamentos a esta categoria, lançando mão assim de uma explicação simplista para uma problemática muito complexa.

Para Lindgren, é preciso ir muito mais a fundo para tentar compreender as razões desses conflitos. É necessário entender o contexto e as motivações, conscientes e inconscientes das pessoas envolvidas.

 

 

Fonte: Pau e Prosa Comunicação
Foto: Junior Silgueiro

 

 

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